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SOFI HEMON.
“Como proliferar a idéia ao  mesmo tempo que a reduzimos “

Matérias

   * Um plástico  negro sobre toda a superfície do solo
   * Coberturas “Pulgentas” são destinadas  à resolver a humanidade.
   * 40m. de tecidos de algodão cru são divididas em 8 grandes dimensões.
      Eles são arrumados em camadas sobre a superfície do solo.
   *  13 pequenos sacos brancos porosos  serviriam de instrumentos de trabalhos.


     Durante 3 semanas de viagem pelo  Brasil eu  recolhi os gostos cotidianos  das ruas, dos mercados......
     Eu  selecionei  a forma dos instrumentos de  trabalho por:
 cortar, moer, espalhar, filtrar, peneirar, varrer, empilhar, enxugar...

     Eu agrupei :
-Os abrangentes :sacos / bacias.
-Os líquidos : água / tinturas.
-Os absorventes : tecidos, pigmento ocre, sal.


 Descrição:


O desenrolar do tempo:

1     -Pintura/torção      - negro\ branco      torção dobrada desdobrada .

No primeiro momento: manhã  de Quarta- feira , luz rebaixada .
A primeira semana : o espaço  é fechado.
  Eu coloco, nesta  brancura de leite “ as torções” na água clara.
  Pouco a pouco, os sacos são mergulhados  na tintura negra  por uma extremidade, depois eles são torcidos.


“Onde sua visão se faz gesto”

  Eu recolho toda a água  tingida com pigmentos desdobramento do ritmo do trabalho, nos recipientes, com as matérias absorventes junto, aglutino, empilho  comprimo.
  Eu  delimito o espaço a partir desses efeitos.
  Sobre as 8 grandes telas, eu trabalho  verso e reverso sucessivamente.
  As impressões aparecem invertidas.
  As torções são repetidas.
  Uma rápida observação revela constelações /anotações sobre as telas negras.
  O solo é  úmido de água .
  Os passos  afundam   nas telas


2     -Pintura /impressão      –ocre  vermelho –     forma  côncavo, forma plena.

No segundo momento : está  luz distendida.

  Realização de buchas de pano a parti dos sacos.
  Eu confecciono  essas buchas  arredondadas impregnadas de ocre vermelho.
  Magnificência da cor.
  Eu criei , montes, pilhas, torrões.
  Eu declino por esta ação “absurda“ as possibilidades de ritmo.
  A umidade ambiente é  absorvida pelo ocre.
  As formas  estalam.
  Água negra torna-se água vermelha.
  No fim de semana , um reencontro é organizado
  As pessoas  ficam  decepcionadas.
  Esperavam ver pinturas .
  Ei-los diante de uma cor indefinida...

  Eu encontro  em Henri Maldiney  uma  frase  escolhida por George  Duthuit:

“O fundo simulava  outrora uma  função  determinante . O ar  neutralizado  servia à colocar  em relevo  e preservar  as impressões  de caricias ou depreciação da luz : Eis  aqui , furos, rompimentos, aliviado de uma  densidade  escura  as formas  chegam  a se entrelaçar, surgir  e se  dissolverem.”


3     -Secagem\Sedimento      branco- preto -      desenho  de   água - desenho de sal.

No 3  momento : Luz vibrante,  intensidade.
.
   Eu  recupero  o pigmento  negro “ xadrez-preto”  quando seco torna-se  cinza. Muitas enxágüe
  A superfície  da tela  e quase regular, ela torna-se  definitivamente cinzenta.
  A umidade do ar  e igual  a  das telas.
  Todos  os utensílios  são instrumentos abandonados.
  Me falta  a luz.  Eu introduzo um sal fraquíssimo. A formação de desenhos a partir  de montículos conclui na criação  de aureolas.
  A tela è corroída  pelo sol.

  As marcas  do sol, estes  desenhos de linhas  entrelaçadas vão  desaparecer de repente.
  O ar é  modificado, mais ácido.
  Eu tiro  as bordas ,maltratadas  da tela e  acabo reunindo uma grande  quantidade de sol.
  Debaixo  a secar as 8 telas.
  Os  cobertores  são  lavados e depositados  na rua .
  Levo os 12 panos negros torcidos  para continuar este trabalho...

Tradução Walkiria Lima


Agradecimento a Fundação LA FERTHE - Franca, cujo financiamento permitiu a realização deste projeto.

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